domingo, 24 de março de 2024


    A PENA ERRANTE

              (@osmarina rosa rodrigues ).                                                                           

Na mesa de pedra,

Na mesa de pedra da cozinha,

Pela manhã...

Em pleno afã,

Satisfação minha!

          Um café quentinho,

          Um café fresquinho

Acabamos de ingerir.

Olhando ao lado,

Uma pena alado

A descer e subir.

          Uma pena leve

          Uma pena errante

          Uma pena linda! 

          Uma pena significante!

Caiu! Baixou...

Perto de mim aterrissou.

O aroma do café sentiu,

Não quis ficar. Subiu.

Ir muito alto? Não conseguiu!

          Uma pena bela

          Uma pena cinza!

          Meiga! Singela!

Desceu! Desceu!

Cada momento,

Mais bela!

Virei-me apressada...

E logo, logo descobri:

É ela!!

          Minha pena cinza,

          Minha pena errante!

          Minha pena pura

          Muito significante!

Entre os dedos a prendi.

Com carinho a segurei. 

É minha...

É minha!

Nunca mais te deixarei!


Fortaleza/CE, 16/01/2020.



quinta-feira, 9 de dezembro de 2021


O VAZIO!

(osmarinarosarodrigues)

13/08/2016.

Amanheceu!

O sol brilhou!

A vida se despertou!

Vem o início do novo dia!

A labuta, o vai e vem que, distrofia...

E a casa que não é grande, também não é pequena,

Um dia, com todos era repleta...

Hoje, a sentimos vazia!

Muito silêncio!

Tranquilidade... e 

Saudades também.

Saudade que não se traduz...

Saudade dos meus meninos!

Dos seus chamados por mim: 

MÃE!

Saudades das suas pisadas,

Enquanto corriam,

Dentro de casa!

Enquanto cantarolavam

Brincavam,

Comiam,

SAUDADES!

Ela dói!

Ela não faz  voltar o tempo,

Os momentos juntos,

As saídas,

As viagens de férias,

As paradas na estrada...

Não vai voltar!

Ficaram as marcas em plena ação!

Mas sou feliz,

Os tenho junto de mim...

Dentro do meu coração!


(Editada hoje: 09/12/2021)





 

O Nosso Lar ... Nana Mouskouri - em português

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

  O VOCABULÁRIO DA VIDA.

(Camponesa sonhadora - Revenna).

ADEUS:  É quando o coração que parte, deixa a metade com quem fica.

AMIGO: É alguém que fica para ajudar, quando todo mundo se afasta.

AMOR AO PRÓXIMO: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.

EVOLUÇÃO: É quando a gente está na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

CARINHO: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.

CIUME: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

EVANGELHO: É um livro que só se lê bem com o coração.

FILHOS: É quando Deus entrega uma joia em nossas mãos e recomenda cuidá-la.

ENTENDIMENTO: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama.

LÁGRIMA: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

MÁGOA: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.

ORGULHO: É quando a gente é uma formiga e quer convencer aos outros que é um elefante.

PESSIMISMO: É quando a gente perde a capacidade  de ver em cores.

PAZ: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.

RAIVA: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

SUPÉRFLUO: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

SOLIDÃO: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

SINCERIDADE: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

CRÉDITOS: Livro: O homem que veio da sombra.
                      Autor; Luiz Gonzaga Pinheiro.

Música: A Place In My Heart.
Cantora: Nana Mouskouri.


Fortaleza, 14/10/2021.
Blog de Osmarina Rosa Rodrigues.











 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

BODAS DE OURO 

(osmarina rosa rodrigues)

DEZ DE JULHO!

No dia 10 de julho de 1971 às 19:00hs eu subia ao altar da Igreja Cristã Evangélica de Crateús, acompanhada pelo meu querido papai que me conduzia para  entregar-me ao jovem Antonio Rodrigues Sobrinho para recebermos a bênção nupcial pelo Missionário Frank Donald Forbes.







Hoje, 10 de julho de 2021 SÁBADO !

Estamos completando pela graça de Deus, 50 anos de matrimônio!

Estamos em pandemia portanto não podemos celebrar com familiares, amigos, igreja. (Há planos para depois da pandemia!) Se o Senhor assim permitir.

BODAS DE OURO!

Porque esse título tão precioso?

Exatamente porque o ouro além de ser o metal mais precioso, representa durabilidade.

Bodas de ouro ! Cinquenta anos de casados ou, para ser mais exato, 18.250 dias e 438 mil horas juntos, Uau! Merece ser celebrado.

Sabe-se que no decorrer destas 05 décadas nem tudo foi ouro! Há muitas lutas, muito ferro que enferruja, muita prata não pura. 

Porém, há muitas vitórias, muitas conquistas, muitas alegrias o que se resume em MUITAS BÊNÇÃOS.

As bênçãos são sinônimos de VITÓRIAS. Se há vitórias as lutas foram vencidas. Se foram vencidas merece serem esquecidas. Portanto, vamos lembrar e enumerar somente as bênçãos.

 "CONTA AS BÊNÇÃOS, CONTA QUANTAS SÃO, RECEBIDAS DA DIVINA MÃO".

Na primeira década fomos abençoados, presenteados por Deus, com uma família! O ouro se inicia aqui. Uma família é projeto de Deus. E Deus realizou esse projeto em nós, através do nosso casamento. Uma família constituída por Deus é ouro de Ofir.

NOTA: "Ofir é uma personagem bíblica, do Antigo Testamento, mencionado como um dos filhos de Joctã, da descendência de Sem.

Ofir também é o nome de uma região mencionada na Bíblia, famosa por sua riqueza. Supostamente., o Rei Salomão recebia carregamento de ouro, prata, madeira de sândalo, pedras preciosas, marfim; vindos de Ofir, a cada três anos." (Wikipédia).

Pois bem.

Deus nos abençoou com 03 filhos graciosos, saudáveis, inteligentes, amáveis e responsáveis. São 03 homens filhos de Deus a quem servem com dedicação.

Este é o primogênito. Jidlafe Rosa Rodrigues.














Jether-Jeiel Rosa Rodrigues o segundo filho. Com o maninho Jid.  Abaixo com a bola.
A 3ª foto com 01 a



Um ano de idade. 


Terceiro filho. Alton Neto.


 





                                                           









terça-feira, 15 de junho de 2021

NÃO VOU ESQUECER! 

1- O lugarzinho aconchegante onde eu dormia e o carinho da minha mãe que todas as noites ia me ver e arrumar o meu lençol me cobrindo, me protegendo.

2 - O cheiro da chuva na Barra-D'água (propriedade dos meus pais) onde vivi toda a minha infância.

3 - Os relâmpagos brilhando entre nuvens escuras carregadas de chuva, clareando tudo ao nosso redor.

4 - O plic... ploc... dos pingos de chuva caindo no telhado da nossa casa. Uma casa muito simples, pequena, sem forro o que fazia ficar mais forte o som produzido pelos pingos da chuva  batendo no telhado.

5 - A beleza da infância vivida com liberdade, de cortar  a brisa enquanto corria de pés descalços, os banhos de chuva com a roupa que estivesse usando, banhos de açude, de lagoa, de riacho. "O nosso Riacho" - quando tinha enchentes e ficava lambendo as ribanceiras de onde pulávamos mergulhando na correnteza. Sem medo, sem sustos envoltos numa alegria que nos fazia viver, crescer, ser feliz.

6 - Das brincadeiras de "esconde esconde" - "pulando a macaca" ou a "amarelinha" como é chamada em outras regiões, "da roça de melancias", (todos estendidas no chão, à noite na frente da nossa casa, (nas noites de lua ou à claridade das chamas de uma fogueira que meu pai costumava acender quando não tínhamos a lua clareando. Lembrando que não havia ali ainda as instalações de energia elétrica, como hoje) cada um era uma melancia. O ladrão chegava para roubá-las. Só queria as maduras e para saber se estava boa, dava um estalo com o indicador sacudido pelo polegar. Até que o dono da roça chegava, entrava em luta com o ladrão e salvava todas suas melancias levando-as para casa).

Tão bom!

7) - Nunca vou esquecer o dia que meu pai ia a cidade (não muito frequente),  e chegava trazendo pão, manzape e bombons! Ah que alegria! Que bom-bom saboroso! O bom-bom de hoje não tem mais o mesmo sabor! Não vou esquecer  o seu gesto amável trazendo da roça, na época das chuvas, os bolsos cheios de canapuns. (Frutinha exótica, frutinha do mato. porém medicinal, nutritiva, saborosa.) Enchia os bolsos e levava para a meninada em casa.

8) - Não vou esquecer a felicidade que ele sabia transmitir a todos nós. A bênção todas as manhãs e à noite quando íamos dormir. "Deus te abençoe meu filho (a)."

NOTA: Sou muito feliz até hoje por ter sido regada por esse carinho. Carinho de um pai que não tinha dinheiro, não era empresário, mas era o homem mais rico do mundo! Dono de um coração cheio de amor, carinho, respeito, homem exemplar. Homem empírico, homem espiritual.

9) - Não vou esquecer o tratamento peculiar e brilhante que ele , meu pai, criou para mim. "Bola de Ouro". 

10) - "Bola de ouro" - virou um poema bem mais tarde. Foi publicado no livro de poesias "Meu Florilégio" das autoras Osmarina e Vitória. (Filha a quem deu ele o nome carinhoso de "Bola de Ouro" e sua bisneta). O meu pai não estava mais conosco. Já tinha feito a sua mudança eterna para a casa do Pai.

BOLA DE OURO.

Osmarina Rosa Rodrigues.

"Bola de Ouro" maciço./Bola de alto valor,/Bola de "fogo", atiço;/A chama de puro amor;

"Bola de Ouro!" "Bola de Ouro!"/Por meu pai assim tratada/"Bola de Ouro'! "Bola de Ouro!"/Do pai querida, admirada!

"Bola de Ouro"! pelo caráter/Por Deus trabalhado/ "Bola de Ouro" atenção inter/Na família,  bem visado.

"Bola de Ouro" é mimo.../Pelo papai dado a mim./"Bola de Ouro" é fino/Carinho de pai... enfim!

(Tratamento que ganhei de meu pai, Francisco de Sousa Rosa).

Fazenda Barra-D'água, 1964.

10) - Nunca vou esquecer  a doçura paterna de amor, de cuidados para conosco .

Amém.




domingo, 25 de abril de 2021

RISOS QUE FALAM AO CORAÇÃO.

OSMARINA ROSA.

Eu era uma criança de oito anos de idade. Foi então que conheci o Papai Ato. O senhor José Honorato de Sousa

 . Como sorria! Sorrindo ele vivia, e, através do seu sorriso, podemos dizer que testemunhava do Evangelho de Cristo. Mas vejamos a sua interessante  história.

Os seus netos não o chamavam de vovô, apelidaram-no de Papai Ato.. Resolvi falar sobre este grande servo de Deus, por ter sido ele um verdadeiro exemplo, muito aproveitei das bênçãos daquela vida modelar, assim desejo também que o conhecimento da sua vida seja de utilidade para todos os leitores de "Vida Cristã".
    Ele era membro da Igreja Cristã Evangélica de Purga de Leite município de Crateús/CE. Já era bem avançado em idade quando o conheci, e vítima de uma enfermidade que muito o maltratava. Entretanto apresentava-se com impetuosidade alegre, determinado e sempre muito feliz.
    Assistia todos os trabalhos de sua igreja. Com desvelo, tinha um espaço marcado no terceiro banco do lado esquerdo onde sentava-se para assistir os cultos. Não conseguia ocultar a alegria estampada em sua face, a honra e o prazer em participar da comunhão com os irmãos.
    Ao chegar na igreja, cumprimentava afetuosamente cada irmão presente, e, enquanto apertava a mão de cada um. O momento era colorido com uma risada gostosa. Risadas, que regavam os corações ávidos e caladões, com magnificas gotas daquele sublime "orvalho", gotas amenizadoras das tristezas e preservadoras da paz entre os amigos.
    Papai Ato impressionava  a todos com o profundo gozo no Bom Pastor. Ele também era pastor de ovelhas, Cuidava das mesmas com carinho e dedicação. As conduzia ao redil apenas cantando calmamente o hino 225 do Hinário dos Batistas- "A voz de ternura". 
    Foi um grande exemplo de oração. Por vezes ao se ausentar, sua amada esposa o encontrava embaixo de uma árvore no quintal de joelhos conversando com o Pai. Assim ele triunfou sorrindo. E que risos maravilhosos!

    À família Honorato, a nossa palavra de conforto e estima. De um modo particular falo à minha colega missionária Teresa Honorato, a filha caçula daquele lar. Que o exemplo digno do seu pai seja por ela imitado. Ele ria porque confiava no Senhor.

Amém.