terça-feira, 15 de junho de 2010

DUAS VEZES MÃE DOS MEUS FILHOS.

"ELE ESTÁ AQUI! JÁ O CONVIDEI!"


Em 1977, no mês de abril, fomos transferidos de Fortaleza para Sobral, onde o meu marido assumiria o pastorado daquela Igreja (Ig.Cristã Evangélica). Jidlafe o nosso primogênito, tinha 05 anos de idade e cursava alfabetização no Instituto Pedagógico Dr. Robert Kalley aqui em Fortaleza, onde eu era professora. Peguei com a diretora, o plano anual da alfabetização, afim de continuar as aulas do Jid ali em Sobral. Aquele plano respeitava uma seqüência de unidades obedecendo cada época do ano; como carnaval, época da família e trabalho (maio), festas juninas, a Pátria, crianças e natal. Chegamos no final. Sentados à mesa, comecei a narrar a história do nascimento de Jesus. E perguntei:

-Você sabe porque Jesus veio ao mundo?

-Sim! para nos salvar.

-Você já o convidou para lhe salvar?

-Não! (...eu me assustei!)

-Não? E não quer convidá-lo agora?

-Não!

-E você sabe para onde vai quem não tem Jesus no coração? (a esta altura eu já estava quase chorando).

-Sei, mas não vou convidar... e não chore não que eu não vou convidar!

Estremeci! Mas... resolvi silenciar. Antonio estava viajando. E eu resolvi ficar em jejum e oração pela salvação do meu filho, o resto daquele dia.

Passei todo o dia orando, chorei algumas vezes; porque eu pensava que o meu filho era salvo. Ele ia a Igreja conosco, aprendia as lições da Palavra de Deus, memorizava os versículos da Bíblia Sagrada... Mas eu estava enganada, meu filho não tinha feito ainda a sua decisão ao lado de Cristo; ele não tinha nascido de novo.

Fiquei tão preocupada! E eu pensava: Ora, eu vivo pregando para as crianças da rua, explico a Bíblia, evangelizo-as, cuido das mesmas, e o meu filho dentro de casa, sem salvação.

Mas orei bastante para que o Senhor Jesus o alcançasse naquele dia. Coloquei-o nas mãos do Senhor.

À noite, quando já estávamos agasalhados para dormir, ouvi-o me chamando do seu quarto:

-MÃE! Vem cá!

-Sim, falei me aproximando de sua cama. E ele levantou a renda da cama (mosquiteiro) e falou com muita expressão enquanto batia no peito olhando para mim:

-Ele já está aqui! Eu já o convidei!

Aleluia! Graças a Deus! Falei chorando e abraçando-o por baixo da renda. Beijei-o e oramos juntos naquela noite de dezembro (início de dezembro), na cidade de Sobral-estado do Ceará-Brasil.


NOTA: Queridas mães, não podemos ser omissas na evangelização dos nossos foilhos. Nunca se acomode! Não imagine que pelo fato deles estarem indo conosco à igreja, cantando, até orando, prova que já nasceram de novo e já teem garantido a sua morada eterna nos céus. Converse com suas crianças! Verifique se já compreenderam o plano de salvação para elas. "Mesmo um menino pode crer, na salvação de Deus." Fale do amor eterno de Deus por todos nós. Dê tempo aos seus  filhos. Além do plano de salvação, ensine tudo que é útil, tudo o que é bom! É você mamãe, a pessoa mais indicada para desempenhar essa tarefa! Senta junto! Conta uma história! Eles amam ouvir uma história especialmente contada pela mamãe! Não tem voz mais linda no mundo ao coração de uma criança que a voz de sua mãe! Eu sou muito feliz porque eu tive a coragem de contar histórias para os meus. Contei para os três. Aprendi colocá-los no meu colo, abri um livro de história à frente deles, e ler. Eram histórias bíblicas ou histórias que transmitiam lições especiais para a vida. Foi muito bom!

Sou muito feliz por ser  mãe deles duas vezes. Uma vez porque os tive; mãe biológica! Outra vez, porque os encaminhei aos pés do Salvador Jesus! Mãe espiritual!

Estão inseridos todos três no ministério do nosso Senhor e salvador Jesus. Cada um tem a sua história linda do chamado de Deus para o ministério! São três pastores, louvado seja Deus!

"Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com eles." (Isaías 65:23).

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